sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Juízo de valor

Com minhas mãos tão humanas como quaisquer outras
Qual metafísica poderia mover ao junta-las?
Com a finitude dos acordes de cítaras salobras
Que corações poderiam tais feitiços, conjura-las?

As sugestões que faço a mim, não são seguidas
Levo-as longe do patamar da dúvida, as arrasto
Para o pedestal da poesia e delas valho, me basto
(Tantas mensagens, somam o medo de torna-las lânguidas
Convicções);

E de tantas sensações, aflora o morno sentimento
Não de abismo, não de eterno, mas de mundo;
Do qual libertam-se narrativas como esta

Não calorosas façanhas ou gélidas decepções acometendo
Apenas o caminhar estável munido do juízo profundo
No qual emolduro-me em incógnito estro... 

Bruno Borin

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