Inverno do corpo,
Outono do pensamento
Primavera do sentir...
o chamado é morbo
Não respondo bem ao encaminhamento
Não sei se posso me permitir
Meu interior absorto
Não sabe se quer o acontecimento
Da realidade a bramir
O repercutir louco
Não dos ideias contramovimentos
Mas do descontrolado sorrir
Pleno e fresco desassossego
Rompimento das verdades é aprendizado
A não conter vã a beleza
Do julgamento, livre é o córrego
Sinuoso do viver libertado
A despir-se em natural pureza
Demasiado para a fé o ego
Se rende ao concerto agoniado
Da fenda conspícua de clareza.
Bruno Borin
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