Sombras, duplicatas
Existências em segundo plano
Dos Eus piratas
A comandar o navio
Da vida, alternando o meridiano
Deste mar vadio
Que dança e se lança
Aos desafios do cotidiano
E se desfaz em lembrança
Rito antigo, fogueira pagã
Do verso, da prosa, da rosa
Que brota invita, na vida afã
Se der em nada, do abismo
Os deuses se entreolham
E se livram do leviano rabisco
E se mesmo no parco passo
Retorno houver, Infausto caminho
Brotará do provimento lasso
Das inspirações, numes entrepostos
De intervenções incógnitas
Desses deuses ignominiosamente depostos
As vidas em razão das sombras,
Navegam, perpassam pórticos reclusos
Mas infecundas não são, alfombras
Lavradas pelos sentires, multíssonos
- Oiça tu, bem, qual deves seguir
E apaziguarás o sofrer horríssono!
By: Bruno
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