Minha voz, às vezes desatina
Nos arcabouços da linguagem
Procurando, na vibração perdida
O brotamento das novas ramagens
Singulares pétalas do sentir,
A lapidar nova transfiguração
Em pequenas odes a surgir,
Do orvalho escasso da inspiração
Sussurros do vento me contam
Histórias de caminhos ocultos
Onde não somente se cadenciam
Ritmos e melodias, sem os tumultos
Das palavras dissonantes e aviltadas
Mas, destinos, sentimentos, no tecido
Incorpóreo e sublime do poema escrito
E, aquelas desarmônicas, são sepultadas
Nas lembranças das coisas faladas
Escorrendo do psiquismo a contemplar
A concretude das coisas vivenciadas
Na oralidade flutuante a compressar
Estilhaçada, mutando em ausências
Inconclusas porém livres, açucenas
Expressando no voo, as paixões
Das épocas em eternas transições
Por vezes ecos, a palavra suja
Minha voz com sua inquietude
E o verbo a ilumina e me sobrepuja
Demonstrando a mim, minha solitude
Lúrida, cheia de paradigmas
Os quais me conluiem
Para fora de mim e excluem
Em gritos, meus enigmas!
By: Bruno
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