domingo, 9 de março de 2014

As faces do real


Tanto me vejo no mundo
Que o mundo se vê em mim
E ao nos entreolharmos 
Percebo: - Eu sou o mundo!

Tantos passos estáticos 
Para poucos laços elásticos,
Sonhos de látex e plástico
Emendam a realidade,

Enfeitam de desejos a vaidade;
De equinócios de imagens vãs
Aos solstícios de lembranças
Constitui-se o Jogo de lumes da cidade. 

Turbilhão de cores despetalando
Vozes e amores, doces brumas
Violáceos sabores, divergem
Na cidade que a tudo converge.

Familiar a mim, o crepuscular tempo
Habita o desespero das imaginações
Onde engano e esplendor não têm emoções,
Dualidades exasperam o enigma do momento,

Inoculando chegadas e partidas
Nos ventos e nas esquinas... 
- Modernidade em toxinas 
Porque tanto me fascinas?

By: Bruno

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