Durante à noite, sob os sóis que me inundavam a face
Vi meu rosto no espelho de meu espírito,
Estático como o voo sem rito,
Dos pássaros urbanos em seu predestinado enlace.
Toda vez que me perco no montante de minhas cores
Eu penso em ti e meu convívio com as flâmulas é afastado
Como se não fosse mais à minh'alma, abastado,
O fogo que martelava em minhas pupilas, o ardor das dores
De um mundo quiméricamente melodioso, e que me configurava
A ponto de amalgamar o reino avulso da corrosão...
Que sou eu senão linguagem? As vogais ébrias, serpenteavam;
O que eu sabia ser, impetrou assim, sua arguição!
O sonho em que vivo hoje deveras, é a realidade
E não uma eternidade premeditada por degraus ilusionais,
Contingentes das profanidades fantásticas e sazonais
As quais me prendia sem me importar com a materialidade
Da minha vida, máquina cosmogônica de sensações
Relativas à ti, amorosamente conectadas,
Saborosamente puras, como camélias desabrochadas,
E não sol da noite, vasto em adorações.
By: Bruno
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