O céu cinza
Monocromatiza
A paisagem do bairro
O brilho empertigado
Do copo, reflete à luz
Branca, de dentro do quarto
Indiferente é o amadurecer dos frutos
Ou a troca da folhagem
Ou ainda o brotar de novos ramos
Luzes dos carros, prédios da cidade
Nem ouso lançar um sorriso amarelado
Ao relento da poeira e do carbono
É fácil acreditar nas cores
Quando tudo se move rápido
Por quê eu pensaria no fim de Maio?
Se as rosas não me comovem
Nem me espetam?
Contudo, quando criança
Adorava botar a mão em seus espinhos
Agora no sexto mês de um ano indiferente
Sou mais um que prefiro a luz da lâmpada
Ao sol pungente
Jamais desprezei o voar frágil das borboletas
Mas a ideia árida de subúrbio não sai de mim...
By: Bruno
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