terça-feira, 11 de junho de 2013

Canto suburbano


O céu cinza
Monocromatiza 
A paisagem do bairro

O brilho empertigado 
Do copo, reflete à luz
Branca, de dentro do quarto

Indiferente é o amadurecer dos frutos
Ou a troca da folhagem
Ou ainda o brotar de novos ramos

Luzes dos carros, prédios da cidade
Nem ouso lançar um sorriso amarelado
Ao relento da poeira e do carbono

É fácil acreditar nas cores
Quando tudo se move rápido
Por quê eu pensaria no fim de Maio?

Se as rosas não me comovem 
Nem me espetam?
Contudo, quando criança
Adorava botar a mão em seus espinhos

Agora no sexto mês de um ano indiferente
Sou mais um que prefiro a luz da lâmpada
Ao sol pungente

Jamais desprezei o voar frágil das borboletas
Mas a ideia árida de subúrbio não sai de mim...

By: Bruno


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