Neste dia eu não me traduzo
Nem procuro no Lambrusco
A verve da minha hemoglobina
Que insiste em não falar da rotina
Neste dia eu não metaforizo
Eu apenas do ar, vaporizo
Porque são apenas de rabiscos
Que eu muito preciso
Neste dia eu apenas declamo
A sustentação oral da minha lide
O meu ríspido revide
À vida que me embalsama
Neste dia lanço a incógnita
Abro mão da certeza ambulante
Quero a mutação transitante
Quero do amor a louca estética
Que nasce renovada mas é inerente
Tão inconsequente
Incorpórea, luminescente
Jamais evanescente
Porém quero que este dia se finde
E que a minha imagem seja refletida
Na neve convidativa dizendo: "Vinde!"
Para a enseada delineada dos Seus mares castanhos.
By: Bruno
Como sempre nos presenteando com belos e enfáticos textos.
ResponderExcluirAbraços.