segunda-feira, 11 de julho de 2011
Caído
As lágrimas que meu sangue morto ostenta
Queimam vermelhas selvagemente
Se eu esquecer o ódio, o amor
Minha existência será vazia
As estações têm passado tão obscuras
E mesmo que o frio seja tingido com piedade
Eu não vou me render
Não há conclusões neste pequeno vórtice de pensamento
Que sorri acusando a tristeza e derrete como uma nuvem
A felicidade da impureza é tão profunda quanto um grande rio
A dor, a impureza, o sacrifício
Quero que cravem a impureza da minha vida em minha alma
Toda a laceração, o ódio, a tristeza, a vingança
Nem mesmo a luz derramada como mentira
Me faria esquecer o que é imutável
Este tormento é certamente intocável
Já não posso cumprir as promessas enferrujadas que fiz a mim
Juras de uma vida que cai secretamente na escuridão
As lágrimas que meu sangue morto ostenta
Minha existência será vazia
Recuso me tornar algo inexpressivo
Como uma flor que já nasce murcha
Indigna e imprópria
Até mesmo o destino dos Deuses um dia manchar-se-á de vermelho
E desvanecerá pacificamente
Transitoriamente selado, dará lugar a outras eras
Eis o modo do tempo encobrir as esperanças inalcansáveis
Manejadas através de um grande precipício
Coberto com um manto de chuva...
By: Bruno
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