Entre árvores escuras e caladas
O céu do meu delírio ardia rubro
Senti como se tudo se extinguisse
Como se o mundo inteiro se calasse
Em cioso suspense e agrura
Vagueando sem nome e sem ruído
Apaguei a máscara vazia e vã
Pois, consumida de espanto
Apertava o meu rosto secreto
Envolto em nevoeiro e negrume
Foi quando me dei conta das cores
A noite se acendeu em miríade de luzes
Encontrei numa pequena clareira
Refulgentes ovos, bênçãos de Ostara
E me dei conta, de que a vida habita
Dentro do meu sorriso.
Bruno Borin Boccia
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