Suspiro sílabas moucas,
Não ousaria dizer muito:
O essencial se aproa
No incerto mas pertuito.
O rigor mortis do ideal
Até mesmo no sentir
Se traduz em flama fanal
Sem um outro a transmitir,
O efêmero calor dos trópicos
Ou o brilho esquálido dos olhos
Mesmo através da máscara
Noh, e desta mentirosa cítara
Tão longe quanto os amanhãs,
São os acordes de um sentimento,
Completamente esquecido nas manhãs
Onde nunca houve prometido alento
Fechando o futuro em minhas mãos
Mais uma luz se queima na cisão
E um estilhaço cerzindo um sorriso
Nos lábios que esboçam um improviso.
Bruno Borin
Nenhum comentário:
Postar um comentário