Do luar que beija o chão
Nasce um cinzento azulado
Que me aquece o coração
Ao dormir bem ao meu lado
Ao secar o pranto, adormeço
A dor que deveras sinto, defiro
Assim o que vivo e o que sinto
E em meu andar, sem saber, esmoreço
Se o tempo corre, prefiro não saber
Embora nos baralhos da vida
Tenho perdido a carta querida
E, vazia, a sorte que conto ao vento
Se dá aos silêncios do sentimento
À varanda exposto, como que ao relento...
Bruno Borin