Num mundo tão cheio de belezas
Até as mentiras são ditas
como se fossem saudações
Em um castelo temporário
Cubro-me de uma areia cristalina
Tentando esconder minha covardia
Mas esta se espalha de dentro para fora
Minha mão hesitante está manchada
com sangue ainda quente
Não meu, mas diante de olhares
Fingirei que nada acontece
Nem tentarei tirar a mancha
O pecado uma vez feito
Estanca na alma um ardor irritante
Provavelmente amanhã haverá uma pausa na chuva
E então sorrirei para a utopia que tenho desenhado
Com o carmessim do meu pecado
E cria-se uma nova memória
Com espinhos longos e finos
Eu escuto uma melodia melancólica
Em face ao noticiário mudo
De onde vejo meu rosto
Reconheço-me
A sociedade procura-me
numa situação de crime e punição
Devo jogar meu corpo vivo fora
Antes de ser pego?
Abandonarei toda a esperança
Como pétalas que caem
Enquanto serei obrigado a
uma repetição sem fim de meus atos
numa situação de crime e punição...
By: Bruno
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