terça-feira, 7 de dezembro de 2010

hello my dear... kill me gently...



Preso nesta floresta
Espero pelo dia que a luz do sol brilha por entre a
copa das árvores
as cartas que eu escrevo contém rabiscos ilegíveis
quero que sua presença desperte minha mente
ela está visívelmente dormente
meus passos são lentos nesta terra incolor
não quero me apegar a nada daqui
estou terrívelmente incomodado por sons que eu
descartei tão desgostosamente
toda vez que atinjo a fronteira desse lugar
sou arrastado violentamente para o seu centro
como se eu devesse começar tudo novamente
Para que tantos lamentos se eu tenho tantas chances
para recomeçar?
Minha alma abandonada clama por você nesta densa
floresta
Toda vez que eu ingerir a água deste lago carmesim
eu lembrarei das vezes que eu morri por você
Mesmo que eu não sinta mais agora
Meu corpo latente pode sentir sua respiração fria
Uma tranquilidade vazia flui através de mim
Se eu ainda respiro é porque eu tenho que te ver uma
última vez
ainda tenho o objetivo de colecionar mais uma vez
palavras pronunciadas por seus lábios incansáveis...

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