Escrevo algo
não sei sobre o que exatamente
o sol obstrui meu olhar inespressivo
seguro calmamente uma faca ensaguentada
houve alguma vítima?
Qual seria a ação pretérita?
Não sei
Sei que estou escrevendo
sobre algo que não tem tema
meu amor é doce como o mais doce dos morangos
talvez eu lhe devesse um soneto
ou talvez já lhe tivessem dado um
é dificil, ansiedade é como um fardo
difícil de carregar
a sobriedade me foge languidamente
o liquido do meu copo parece já pertencer ao meu corpo
fluirá pelo meu sangue, tornará isso mais doloroso
Afinal sobre o que eu poderia estar escrevendo?
Poderia até virar uma receita de bolo se eu quisesse
mas ora, não zombo de ti leitor
apenas escrevendo estou
ature-me, torture-me
Meu delírio da ardente febre parece pior
Padeço diante da bebida roxa que tomo
Não me importarei, talvez eu me torne imortal
Talvez eu morra dolorosamente
Deus, Não interfira, deixa-me escrever mais e mais
Não pedi opinião nem ao diabo, portanto tinhoso saia de perto
peço à mulher, que venha rapidamente ver
antes que lhe estoure a bexiga ou a vesícula!
By: Bruno
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