1
Para quê querer-te bem
oh infindável luz da vida
se você fere bruscamente minha visão?
Interrompe abruptamente os meus sentidos
oh inocente luz que se vai
devo eu partir antes da sua volta,
pois você não há de me fazer bem algum
Somente recobro os meus sentidos
quando aquela que durante a sua estada
neste danoso céu retorna das profundezas
É de meu agrado a ilustre compania e somente
dela oh gloriosa escuridão
Devo pedir-lhe gentilmente
que me mostre a modesta face
do abismo, sua morada
seu e meu luar?
2
Para que serventia se presta
ser humano?
Hei de enumerar os desprazeres?
Oh humanos, ando tão cansado de vós
não encontro motivos para amá-vos
nem para odiar-vos
Mas há o fastio acontecimento
de os desprazeres desta vida, desta espécie
e desse corpo superarem em demasia os
tais prazeres...
Humanos: apresentai um de vossa escória
e diga se não é uma maçada a luz solar?
Humanos: um último pedido
e então deixo de vos atormentar
enumerem os desprazeres e os prazeres
e tentai convencer-me!
By Bruno
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