Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
- Luis de Camões
Havia um doce e charmoso moço
D'um carinho sedutor singular;
Com pungente aroma de carburador
Adornava-se, e ia muito vadiar
Nos telhados, ostentando impudor
Miava alto, pleno de gracejos, esse moço!
Gatinho tirado para a indolência
Vivi tudo da forma que quis,
Até acusado fui do que não fiz
Miei forte quando carinho pedi
Sempre fiel a minha doce essência
Porém o tempo bradou o meu nome
E nos braços da Deusa, fui conhecer
A árvore da vida e a origem do cosmos.
Bruno Borin Boccia
Em memória de Paulinho
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