Ao poeta dá-se um único saber
Um pouco de romance e um licor
E inventa amores e se acanha em dor
Às linhas e métricas, as letras põem-se a corroer
Aplaudo com um entusiasmo suicida
A eternidade que a morte tanto odeia 
Consome a carne mas a arte se repoltreia
Ao quanto originais somos  em vida
Ao poeta dá-se um único saber
Acolher as dores n'alma e escrever 
Sem sentir-se combalido
Ao falatório alheio investido
Para a morte dá-se a carne
O fígado cirrótico embutido
E para Deus dá a alma quem quer, benzido
O Diabo, já este recolhe como pode, o descarte! 
By: Bruno
Nenhum comentário:
Postar um comentário