Poema para Hilda
Havia uma poeta que carregava
estrelas nas mãos cortadas
Carregava o estandarte do amor
Em uma altura tão vasta
Foi rosa, foi floresta em vida
Cantou e o mundo se fez
universo - e a cativou
Escreveu e Deus chorou
Foi oceano de cores
Assim foi a vontade da poesia
Fazer com que Hilda Amavisse
as coisas de formas outras
E as coisas, com carinho
responderam
Se dissolveram em amor
a e a eternidade a acolheu
Palavras passarinharam
Em suas mãos
Vida e morte foram pouco
Decifrou os homens
Acolheu as dores no coração
O que restou, o tempo
Transformou em obra
Uma flor que mora na casa do sol.
Bruno Borin